Paulo Barrosa é um artista plástico comprometido, de opções libertárias, que se dedica ao teatro, à música e à escrita.
(en français, aprés le texte em portugais)
Paulo Barrosa nasceu em Espinho, Portugal, em plena ditadura, no seio de uma família de oposição republicana (um tio materno foi assassinado pela polícia quando participava numa assembleia estudantil, no início dos anos trinta do século XX).
Os últimos anos de resistência ao fascismo e o período revolucionário 1974-1975 foram a todos os níveis marcantes, formadores e decisivos para a sua vida e para o que viria a ser o seu trabalho de criação artística. Participou intensamente na resistência cultural que antecedeu a queda do fascismo e no movimento associativo estudantil e nas campanhas de dinamização cultural que se seguiram à Revolução dos Cravos.
A partir de 1973 integrou a Secção Cultural da Associação Académica de Espinho, onde permaneceu até à sua extinção, em 1976. Nesse ano foi responsável por uma equipa de alfabetização em Santa Marta de Portuzelo, Viana do Castelo, integrada no “Movimento Alpha”, após ter frequentado um curso de monitores através do método de Paulo Freire modificado.
Os anos 70 são uma época de viagens e de encontros. Viaja um pouco por toda a Europa e norte de África, a maior parte das vezes sozinho para conhecer mais gente e poder deslocar-se em toda a liberdade. No término de um desses périplos, desemboca na Bretanha que o seduz completamente como um verdadeiro pais de adopção. A cultura e as paisagens da Bretanha passarão a ter uma importância central no seu imaginário e na sua obra. A partir de então, ali regressará sempre que pode.
Nessa altura conhece José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Carlos Paredes, Fernando Lopes Graça, Manuel Freire, João Mota, José Saramago, Manoel de Oliveira, Alves Costa, Colette Magny, Atahualpa Yupanqui… e sobretudo Daniel Viglietti e Luís Cília, cuja obra e personalidade serão decisivos para o seu trabalho. Com Luís Cília estabelecerá uma ligação de profunda amizade: mais tarde, o mesmo acontecerá com Maripol e Jean-Paul Graffard e com o pintor Varban Christov.
Nos anos 80 concluiu uma licenciatura em Medicina e, mais tarde, uma especialidade em Anestesiologia. Na Faculdade de Medicina do Porto foi membro eleito da respectiva Assembleia de Representantes e Conselho Pedagógico. Trabalhará sempre no seio dos serviços públicos de saúde, sobretudo nas áreas de emergência intra-hospitalar, extra-hospitalar (viaturas de emergência médica e serviço de helicópteros medicalizados) e cuidados intensivos. Nos últimos anos reduziu significativamente o seu horário de trabalho, dedicando-se actualmente de forma exclusiva à sua actividade de carácter artístico.
Sócio fundador da Nascente, Cooperativa de Acção Cultural, integrou o Coro Popular de Espinho até 1981, onde participou na criação dos espectáculos “Era uma vez um País…”, “Cantigas da Roda do Ano” e “Histórias da Música”; dirigiu o respectivo grupo instrumental e colaborou com o Teatro Popular de Espinho na interpretação da música para a peça “O Retábulo das Maravilhas” de Cervantes e para "Catarina", uma peça curta de teatro de Virgilio Martinho a partir do "Cantar Alentejano" de Vicente Campinas e José Afonso, sob a direcção de Domingos Oliveira.
Fez parte da redacção do semanário "Maré Viva" entre 1978 e 1984, onde publicou noticias, reportagens, “cartoons” e um trabalho de recolha das lendas da região.
Em 1981 e 1982 foi membro da Comissão Organizadora do Cinanima, tendo sido, nesse último ano, o representante da organização junto do júri de Selecção. Em 2007, por convite, voltou a fazer parte do júri de selecção do Festival para as curtas e médias metragens.
Participou na organização de uma homenagem a José Gomes Ferreira – conferência com o Poeta e apresentação de um espectáculo de canções sobre os seus poemas, duas das quais com música original (Faculdade de Letras, Porto, 1982).
Com João Fernandes e Pedro Abrunhosa, integrou em 1983 o projecto “Música na Palma da Mão”, responsável pela organização de três recitais de Luís Cília na Cooperativa do Povo Portuense, Porto. Em 1985 voltaria a colaborar na produção de um recital de Luís Cília em Espinho.
Concebeu, produziu e compôs a música dos espectáculos “Lírica – Recital de Poesia” (Porto e Espinho, 1985) e “Coração que Nasce Livre” (“Tarântula”, Vila Nova de Gaia, 1988), sobre textos de poetas de língua portuguesa.
Em 1988 participou no curso “As Técnicas Básicas do Cinema de Animação de Marionetas”, sob a orientação de Milan Svatos e Alfons Mensdorff, realizado no âmbito dos ateliers do Cinanima.
Durante os anos lectivos 1988/89 e 1989/90 foi Assistente Estagiário na Cooperativa de Ensino Superior Árvore I (actual Escola de Ensino Superior Artístico do Porto), exercendo funções de docência e elaboração de objectivos e programas para as disciplinas de Fisiologia dos Sentidos e Linguagem Corporal, para o Curso Superior de Desenho, Curso Superior de Animação Cultural e Curso Superior de Educação e Animação Pela Arte, na sede no Porto e na extensão de Viana do Castelo; integrou a equipa multidisciplinar de apoio às disciplinas de Cultura Portuguesa.
Ainda em 1989 efectuou duas conferências sobre o tema “Percepção Visual e Artes Plásticas” (Hotel Sheraton, Porto).
Em Novembro de 2007 realizou “Bretanhas”, a sua primeira exposição individual de pintura (pavilhão multimeios de Espinho, integrada nas actividades paralelas do Cinanima. Outras exposições: “Cores para uma revolta” (Maria vai com as outras, Porto, 2009), “A liberdade pela mão” (Pedra Nova, Porto, 2010), "A Rota da Bruma" (Casa-Museu Soledade Malvar, Vila Nova de Famalicão, 2011), "Gwerz" (salle Kercaradec, Saint-Gildas de Rhuys, 2012), “Mouricas” (Loja-Museu, Porto, 2012), "Kan ha diskan" (Taberna da República do Couto Mixto, Santiago de Compostela, 2016).
Participou com um trabalho em “Borne party! – une érection urbaine”, uma realização da associação “Les ailes du…” (Vannes, 2010) com quem colabora dese então; tem participado em outras exposições colectivas de artes plásticas.
Em 2008 publicou o livro “Bretagnes” que reúne uma parte significativa da sua pintura. Em 2009 Regina Guimarães filmou "Da Frente e das Costas", um curto documentário a partir a sua pintura.
Projectou e realizou diversas cenografias para o TEatroensaio, uma companhia do Porto: "Cântico dos Cânticos", leitura encenada em colaboração com o Teatro Nacional S. João (Mosteiro S. Bento da Victória, Porto e Auditório Vita, Braga, 2011); "Estórias do Mato" (Teatro Helena Sá e Costa, Porto, e Auditório da Quinta da Caverneira, Maia, 2013); "Transumância" (2014/2015: Centro Cultural de Famalicão da Serra; Teatro Helena Sá e Costa, Porto; Auditório da Quinta da Caverneira, Maia; e aínda Guarda, Fundão, Vila do Conde, "Festa do Avante" 2015). Em 2017 projectou a cenografia e os figurinos da peça infantil "Cabeça-Oca", para a companhia Orla (Cineteatro Caracas, Oliveira de Azeméis, 2017); para esta peça, compôs ainda a música de uma canção, a partir de um texto do poeta Manuel António Pina.
Durante a residência artística preparatória da apresentação de "Transumância" em Famalicão da Serra, recolheu um conjunto de canções tradicionais na freguesia de Videmonte, em parte apresentados no documentário "Terra da lã e do Queijo" de Eduardo Morais.
Entre 2009 e 2014 voltou a integrar a Comissão Organizadora do Cinanima, festival Internacional de Cinema de Animação, com responsabilidades nas áreas de selecção e programação. Nesse contexto, entre outras coisas, foi responsável pela estreia em Portugal do filme "L'Idée" de Berthold Bartosch (projectado em 35mm), pela projecção de uma retrospectiva de filmes a assinalar o centenário do início da Grande Guerra de 14-18 e pela organização e projecção de uma retrospectiva de Cinema de Animação da Bretanha, a primeira realizada num festival internacional.
Efectuou ainda a selecção de filmes que o Cinanima apresentou em diversos festivais (Rússia, Suíça) e no 10º aniversário das Imagens do Real Imaginado, uma organização do DAI da ESMAE, que teve lugar na Biblioteca Almeida Garrett no Porto em 2013.
Fez parte do júri para a atribuição de apoios do Instituto de Cinema e Audiovisual (ICA) para curtas-metragens de animação referente ao ano de 2016 e, no mesmo ano, do júri para atribuição do prémio António Gaio para a competição de filmes portugueses no Cinanima. Em 2017 fez parte do júri de selecção do Prémio Nacional da Animação e do júri do Instituto de Cinema e Audiovisual (ICA) para Apoio à Formação de Estudantes que frequentem Cursos Especializados na Área do Cinema e Audiovisual.
Integrou, entre 2013 e 2017, o júri do DramaTens, um concurso anual dramaturgia promovido pelo TEatroensaio.
No início de 2012 fundou com um grupo de amigos a "Companhia da Bruma" – um grupo que se exprime através do teatro, da música, da dança, das artes plásticas, do cinema e das artes performativas - para quem escreveu um conjunto de canções reunidas no CD "Canções da Cidade Ocupada" (edição independente, Porto, 2012); uma dessas canções, a "Canção da Moura Encantada", foi recriada no espectáculo "Ensaio em torno da lenda da Moura Encantada do castelo da cidade de Tavira", na noite de 23 de Junho de 2017, na voz de Liliana Viegas. Aínda em 2012, dirigiu uma interpretação do "Le Temps des Cerises" com a Companhia da Bruma para o filme "Caos" de Eduardo Morais.
Excertos da sua peça de teatro "Auto da Nostalgia" foram objecto de uma leitura encenada por Margarida Bakker (no papel de Bárbara) e Inês Garrido (no papel de Violeta) em Setembro de 2015, no pátio do Palácio da Independência, junto ao Teatro D. Maria II, em Lisboa (arranque da temporada 2015/2016 do Teatro Nacional D. Maria II - evento "Enquanto há Luz", em colaboração com a Escola Superior de Teatro e Cinema).
O "Auto da Nostalgia" seria publicado em livro no ano seguinte (Le Chat dans le Toit, Abril de 2016).
Foi responsável pela encenação e dramaturgia da peça de curta duração “Brother’s”, a partir do texto homónimo de Márcia Gomes, um dos quatro vencedores do concurso para “QUATRO QUARTOS”, uma mostra de teatro de curta duração promovido pela “Escola de Mulheres – oficina de teatro” em parceria com a “Delphos - Núcleo de Intervenção Cultural”, apresentada em Novembro de 2015 no espaço da “Escola de Mulheres”, na sala de teatro do Clube Estefânia, em Lisboa.
Escreveu o texto e participou na encenação colectiva da peça de curta duração “Desaparecida”, apresentada a 12 de Maio de 2016 no café concerto da ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo) enquanto trabalho seleccionado para o projecto T3, uma organização da respectiva associação de estudantes que pretende aproximar a escola do teatro que se faz na cidade. O texto de "Desaparecida" foi integralmente lido na sessão das "Leituras no Mosteiro" dedicada à "Dramaturgia Portuguesa Contemporânea", organizada pelo Teatro Nacional de São João, no Porto, a 20 de Dezembro de 2016.
Em 2014 publicou "Frédéric Back: o homem que plantava lendas", uma monografia sobre o realizador de cinema de animação, para a projecção da integral dos seus filmes (edição Société Radio-Canada e Cinanima)
Tem participado com regularidade em exposições colectivas de artes plásticas e realizado diversos trabalhos gráficos, nomeadamente cartazes para eventos de carácter cultural
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FR
Paulo Barrosa est né à Espinho, Portugal, pendant la dictature, au sein d'une famille de l'opposition républicaine (son oncle maternel avait même été assassiné par la police pendant qu'il prenait part à une assemblée d'étudiants, au début des années trente).
Il a participé activement à l'organisation du mouvement des étudiants et aux campagnes de dynamisation culturelle qui ont suivi la Révolution des Œillets: les dernières années de la résistance au fascisme et la période révolutionnaire 1974-1975 ont été formatrices et décisives pour sa vie et pour ce qui serait son travail artistique.
En 1973 il a rejoint la section culturelle de l'Association Académique de Espinho, où il est resté jusqu'à sa dissolution en 1976. Cette année il fut responsable pour une équipe de l'alphabétisation à Santa Marta de Portuzelo, Viana do Castelo, Portugal, intégrée dans le "Mouvement Alpha."
Associé fondateur de la Nascente, coopérative d'action culturelle, il a rejoint la Chorale Populaire d'Espinho pour y rester jusqu'en 1981, où il a participé à la création des spectacles "Il était une fois un pays ...", "Chants de la Roue de l'Année" et "Histoires de la Musique"; il a dirigé son groupe instrumental et a collaboré avec le Teatro Popular de Espinho dans l'interprétation de la musique pour la pièce "Le Retable des Merveilles" de Cervantes et à la dramatisation de la chanson "Cantar Alentejano" de José Afonso, sur "Catarina", un texte de Virgilio Martinho.
Encore a Espinho, il a fait partie de la rédaction de l'hebdomadaire "Maré Viva" de 1978 à 1984, où il a publié des nouvelles, des reportages, des cartoons et un travail de collecte des légendes de la région. En 1981 et 1982, il a été membre du comité organisateur du Cinanima, Festival International de Cinéma d'Animation, et a integré, comme représentant de l'organisation, le respectif comité de sélection.
Il a participé à l'organisation d'un hommage au poète portuguais José Gomes Ferreira - une conférence avec présentation d'un petit spectacle de chansons composés à partir de ses poèmes, dont deux avec musique originale (Faculté de Lettres, Porto, 1982).
En 1983 il a rejoint le projet "Musique dans la paume de la main", responsable pour l'organisation de trois récitals de Luis Cilia à Porto. En 1985, il a collaboré à nouveau à l'organization d'un récital de Luis Cilia à Espinho.
Il a conçu, produit et composé la musique des spectacles "Lirique - Récital de Poésie" (Porto et Espinho, 1985) et "Le cœur qui est né libre" ("Tarântula", Vila Nova de Gaia, 1988), sur des textes de poètes de langue portuguaise.
En 1988 il a participé au stage "Les techniques de base du cinéma d'animation de marionnettes", sous la direction de Milan Svatos et d'Alfons Mensdorff, aux ateliers du Cinanima.
Au cours des années scolaires 1988/89 et 1989/90 il fut assistant stagiaire dans la Coopérative d'Enseignement Supérieur Arvore I (actuelle École Artistique d'Enseignement Supérieur de Porto), en élaborant les objectifs et les programmes pour les disciplines de Physiologie des Sens et Langage Corporel, pour le Cours Supérieur de Dessin, pour le Cours Supérieur d'Animation Culturelle et pour le Cours Supérieur d'Animation et Éducation par l'Art au siège à Porto et dans l'extension de Viana do Castelo; il a aussi rejoint l'équipe multidisciplinaire pour soutenir les disciplines de Culture Portuguaise.
Aussi en 1989, il a fait deux conférences sur le thème "La Perception Visuelle et les Arts" (Hôtel Sheraton, Porto).
Il a integré le comité de sélection pour les courts et moyens metrages du Cinanima 2007.
En Novembre 2007 il a réalisé "Bretagnes", sa première exposition individuelle de peinture (pavillion multimédia, Espinho), dans le cadre des activités parallèles du Cinanima. Autres expositions: "Couleurs por une révolte" (Maria vai com as outras, Porto, 2009), "La liberté par la main" (Pedra Nova, Porto, 2010), "La Route de la Brume" (Musée Soledade Malvar, Barcelos, 2011), "Gwerz" (salle Kercaradec, Saint-Gildas de Rhuys, 2012), "Mouricas" (Loja-Museu, Porto, 2012), "Kan ha diskan" (Taberna da República do Couto Mixto, Saint-Jacques-de-Compostelle, 2016).
Il a participé avec un travail à "Borne party! - une érection urbaine", une réalisation de l'association "Les ailes du ... " (Vannes, 2010); il participe régulièrement à des expositions collectives d'arts plastiques.
En 2008, il a publié le livre "Bretagnes", qui rassemble une grande partie de sa peinture. En 2009, Regina Guimarães a dirigé "Da frente e das costas" ("De la face et du dos"), un film sur son travail plastique.
Il a réalisé quelques projets scénographiques pour le Teatroensaio, une
compagnie de théatre du Porto: "Cântico dos Cânticos" / "Cantique des Cantiques", une lecture-spectacle en collaboration avec le Théâtre National de S. João (Monastère de S. Bento da Victoria, Porto, Auditorium Vita, Braga, 2011); "Estórias do Mato" (Théâtre Helena Sá e Costa, Porto, et Quinta da Caverneira, Maia, 2013); "Transumâncias" / "Transhumance" (2014/2015: Centre Culturel de Famalicão da Serra; Théâtre Helena Sá e Costa, Porto; Quinta da Caverneira, Maia; et encore Guarda, Fundão, Vila do Conde et "Festa do Avante" 2015).
Pendant la résidence artistique préparatoire pour la présentation "Transhumance" à Famalicão da Serra, il recueille un ensemble de chants traditionnels à Videmonte, figurant en partie dans le documentaire "Terra da Lã e do Queijo" ("Terre de la Laine et du Fromage") de Eduardo Morais.
Entre 2019 et 2014, il a réintégré le comité organisateur du Cinanima, Festival International de Cinéma d'Animation, avec des fonctions dans les domaines de la sélection et de la programmation. Dans l'exercice de ces fonctions il a été responsable, entre autres, pour la première au Portugal du film "L'Idée" de Berthold Bartosch (projection en 35mm), pour l'organization et projection d'une rétrospective de films sur le centenaire de la Grande Guerre de 14-18 eet d'une retrospective de cinéma d'animation de Bretagne, celle-ci une première dans le cadre d'un féstival international.
Il a aussi été responsable de la sélection des films que le Cinanima à présenté au IRI ("Images do Réel Imaginé) pour son 10éme anniversaire (évenement organisé par un département de l'École de Musique et Arts du Spectacle à la bibliotèque du Porto, 2013).
Avec un groupe d'amis, il a fondé en 2012 la "Companhia da Bruma" (Compagnie de la Brume) - un ensemble qui s'exprime à travers le théâtre, la musique, la danse, les arts visuels, le cinéma et les arts de la scène. Il a écrit pour eux un ensemble de chansons, recueillies dans le CD "Chansons de la Ville Occupée» (édition indépendante, Porto, 2012).
Des extraits de sa pièce de théâtre "Auto da Nostalgia" ont été l'object dune lecture scènique par Margarida Bakker (dans le rôle de Bárbara) et Inês Garrido (dans le rôle de Violeta) en septembre 2015, dans la cour du Palais de l'Indépendance, à côté du Teatro D. Maria II, Lisbonne (rentrée 2015/2016 du Théâtre National D. Maria II - événement "Enquanto há Luz", en collaboration avec l'École Supérieure de Théâtre et de Cinéma).
La pièce "Auto da Nostalgiia" sera publié l'année suivante (Le Chat dans le Toit, Porto, avril 2016).
Il a été responsable de la dramaturgie et mise en scène la piècethéâtre de courte durée "Brother’s", à partir du texte homonyme de Márcia Gomes, un des quatre gagnants du concours pour "QUATRO QUARTOS", un spectacle de théâtre de courte durée organisé par "Escola de Mulheres – atelier de théâtre" en partenariat avec le "Delphos - Centre d'intervention culturelle", présentée en novembre de 2015 à la sale de théâtre du Club Estefânia, à Lisbonne.
Il a écrit le texte et participé au travail collectif de mise en scène de la pièce de théâtre de courte durée “Desaparecida" / "Disparue”, présentée pour la première fois le 12 mai 2016 au café-concert de l'ESMAE (École Supérieure de Musique et des Arts du Spectacle) en tant que pièce sélectionnée par le projet T3, une organisation de la respective association d'étudiants qui vise approcher l'école du théâtre qui se fait dans la ville.
Il a publié "Frédéric Back: o homem que plantava lendas" ("Frédéric Back: l'homme qui plantait des légendes"), une monographie sur le réalisateur de cinéma d'animation, pour la projection de l'intégrale de ses films (édition Société Radio-Canada et Cinanima, 2014).
Il participe régulièrement à des expositions collectives d'arts plastiques; il fait toujours des travaux graphiques, notamment des affiches pour des événements culturels et des travaux utilisés comme couvertures de livres et pour autres types de publications.