COMPANHIA DA BRUMA
A "Companhia da Bruma" é um grupo livre e aberto, sem delimitação geográfica, que se exprime através do teatro, da música, da dança, das artes plásticas, do cinema e das artes performativas.
Para a "Companhia da Bruma" a liberdade e a dignidade são valores fundamentais, subjacentes a todo o acto criativo e ao trabalho de concretização dos seus projectos artísticos. Partilham-se algumas linhas orientadoras: o entendimento de que as diferenças de opinião são mais-valias e não obstáculos, a consciência da História e a importância de recolher, escolher e transmitir algumas heranças, o distanciamento em relação aos conceptualismos que aprisionam a imaginação e justificam a mediocridade, o primado da paixão sobre o virtuosismo e o academismo; entende-se que aquilo que se inventa, quando ultrapassa a fase de projecto e é publicado, nessa altura deixa de ser pertença do inventor para ser de todos, pois é esse o sentido que se atribui à palavra publicar.
La "Companhia da Bruma" (Compagnie de la Brume) est un groupe libre et ouvert, qui s’exprime à travers le théâtre, la musique, la danse, les arts plastiques, le cinéma et les performances. Pour la "Companhia da Bruma" la liberté et la dignité sont des valeurs essentielles, ce qui est present dans l'acte créateur et dans l’exécution de ses projets artistiques.
CANÇÕES DA CIDADE OCUPADA
O CD “Canções da Cidade Ocupada” reúne o conjunto de temas compostos para a peça “Gente do Nevoeiro”. Cada nota musical incluída numa obra dramática pode ser tão importante como cada palavra ou cada frase do respectivo texto, com implicações definitivas na sua compreensão e na sua expressão emotiva. Estes temas reflectem o nosso modo de entender a canção: uma forma de expressão artística autónoma, que reúne música e poesia numa síntese que é mais que a soma das partes, com uma longa tradição iniciada na Idade Média com Martín Codax, Afonso X e com os trovadores occitanos, para se prolongar até à época contemporânea com Georges Brassens, Glenmor, Paco Ibañez, Daniel Viglietti, Luís Cília, José Afonso…Rapidamente se nos tornou claro que estas canções poderiam ter uma vida própria desde que devidamente trabalhadas e arranjadas, na perspectiva de se autonomizarem do ambiente cénico para o qual foram inicialmente concebidas. Daí a edição do pequeno “objecto artístico digital”, que tudo deve àqueles que, com o seu trabalho, com imenso carinho e boa vontade se dispuseram a gravá-lo, transformando-o numa possibilidade de resistência e num acto de partilha.
O presente trabalho é dedicado a Luís Cilia, Maripol e Jean-Paul Graffard.
Fizeram as “Canções da Cidade Ocupada”: Joana Pereira – voz (1, 2, 3, 4, 6, 8, 10) / Rita Calatré – voz (5, 7) / Andreia Novo – voz (5, 7), percussão (7, 8) / Paulo Barrosa – guitarra (1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10), sintetizador (10) / Hugo Brito – violino (2, 3, 4, 6, 8, 9), bombarda (9) / Miguel Guerra – percussão (4, 7), flauta irlandesa (4) / Arranjos colectivos, excepto 9 (Hugo Brito) / Gravação e tratamento digital de Miguel Guerra / Música e textos de Paulo Barrosa, excepto 5 (texto do romanceiro português) e 6 (texto anónimo castelhano do séc. XV – tradução livre) / Duração total aproximada de 24 min
"LE TEMPS DES CERISES" PARA O FILME "CAOS" DE EDUARDO MORAIS
A "Companhia da Bruma" interpretou e gravou "Le Temps des Cerises" para o filme "Caos" de Eduardo Morais - Realização: Eduardo Morais / Direcção de actores e Ideia Original: Pedro Estorninho / Direcção de Produção: Inês Leite / Assistente de realização: Joana Vieira da Costa / Guarda-Roupa: Inês Mariana Moitas / Música Original: Antoine Renard / Letra Original: Jean-Baptiste Clément / Versão de “Le Temps des Cerises”: Companhia da Bruma / Direcção Musical: Paulo Barrosa / Registo Áudio: Miguel Guerra / Interpretação: Helena Carneiro, Inês Leite, José Eduardo Silva, José Leitão, José Topa, Valdemar Santos / Figuração Especial: Ana da Palma, Ana Kennerly, Gil Costa Santos, Inês Garrido, Jorge Delmar / Músicos ( Companhia da Bruma ): Hugo Brito (violino), Joana Pereira (voz), Paulo Barrosa (guitarra) / Produção: TEatroensaio.